quarta-feira, 25 de março de 2009

Fort Lauderdale

Fort Lauderdale também é chamado de Broward country e o transporte era feito pelo BCT (Boward Country Transport). Os ônibus eram muito confortáveis, com ar condicionado e plataforma de embarque para cadeira de rodas. O que mais impressionava era que ele se abaixava para pegar passageiros, e levanta para ir embora. Tem também um aviso de alto falante para cada estação, e um painel mostrando a estação, dia e hora. Dentro do ônibus eram distribuídos folhetos com o horário e pontos de ônibus.

Quem utilizava esse transporte eram os pobres, idosos e turistas. A passagem custava 1,25 dolares, ou 3 dólares por dia; e para os idosos 60 centavos de dólar, ou 2 dólares por dia, para pegar quantos ônibus quisesse.

O Hostel tinha muito mais espaço e também ficava perto das praias. Fui para Saw-Grass Mills, que é considerado o maior shopping da América do norte e não dava para andar tudo em um dia, de tão grande que era. 

As pessoas eram educadas e quando encontrava alguém eles falavam: “How you doing?”(Como vai você?) ou “Have a nice day!”(Tenha um bom dia!). Todos se cumprimentavam, mesmo que não se conheciam. As lojas e supermercados não achavam ruim quando se comprava algo de 1 dolar e pagavam com uma nota de 100 dólares. Eles davam o troco sem reclamar, inclusive os centavos, e o impressionante é que eles tinham muito troco.

Aqui também em todo lugar tinha dinheiro no chão, acho que era costume também. Havia moedas de 5 centavos, 10 centavos e 25 centavos. Não tinha moedas de 50 centavos e de 1 dolar já era nota. As moedas de 25 centavos eles chamavam de um quarter. Para qualquer coisa, por exemplo, lavar roupas automáticos, pagar parquímetro, ônibus, telefonar... eles usavam a moeda de 25 centavos. Nunca vi uma moeda de 25 centavos no chão, pois aqui as pessoas tem que andar com muitas moedas de 25 centavos. Sempre precisava. Peguei várias moedas de 10 centavos. Ainda não sei dizer se eram apenas os turistas ou se eram os americanos.

A Pizza Hut lançou nessa época o “Centavo Premiado”. Eles jogavam na rua centavos premiados (eles colocavam a moeda no chão com o lado do prêmio para baixo). Quem encontrava o prêmio ganhava uma pizza de 5 dólares. Isso era um incentivo para as pessoas  ficarem pegando os centavos no chão. Eu pegava quando encontrava e não me importava, mas ver dinheiro jogado na rua dava dor.

Aqui todas as lanchonetes e restaurantes tinha wi-fi (internet). Até na hora de comer as pessoas usavam laptops. Por falar em restaurante, tinha restaurantes do mundo inteiro, inclusive restaurante indiano. O preço médio do prato era 10 dólares, mas comer na rua era muito caro. Comprava comida no supermercado por 60 dólares. Em Hostel podia cozinhar. Tinha fogão, panelas, pratos, talheres, tudo; era supereconômico. A compra que fiz durou 10 dias para as três refeições: café da manhã, almoço e jantar.

Para lavar roupa paguei 3 dólares na lavanderia: 1 dólar para lavar e dois dólares para secar. Vender havaianas aqui para turistas e americanos parecia ser um bom negócio, e tinham várias importadoras. O que encarecia era justamente o imposto sobre o produto. Falando em imposto ao comprar um lanche ou computador a gente pagava na hora 8% de imposto. Por exemplo, paguei 299 dólares um computador, mas na hora de pagar custou 323 dólares.  Enfim, qualquer coisa que se comprava tinha que pensar em imposto.

Se eu perguntava o que era esse valor os americanos respondiam que era “Papa Obama (Papa Bush)”, que significava que Obama papa tudo dinheiro de imposto.

Ruas e calçadas eram limpíssimas e quase não se via sujeira. As ruas tinha caminhos para pedestres e também tinha ciclovia. Na frente dos ônibus tinha espaço para transportar até duas bicicletas. Muitos ciclistas andavam de bicicleta e depois pegavam ônibus. Todos os banheiros públicos e hotéis tinham água quente e fria, mesmo no verão. Os shoppings eram confortáveis com artigos de primeira linha e preços bem acessíveis. Os turistas faziam muitas compras.

Nas praias de Fort Lauderdale não podia entrar com bebidas, não podia trazer animais domésticos de qualquer espécie, não podia fumar e nem comer. A praia ficava sempre limpa e bonita. Quem quisesse comer ou beber iai aos restaurantes perto da praia.

Água mineral podia levar em garrafas plásticas descartáveis, mas garrafas de vidro ou de outro material era proibido. O controle era rigoroso e a multa podia chegar a 200 dólares. Fiquei três dias na praia e não vi ninguém ser multado. Jogar lixo na praia, por exemplo, era uma multa pesada e não pense que passava despercebido, porque outros banhistas denunciavam na nora. Adorei ver a praia limpa.

Beber bebida alcoólica na rua, ônibus ou qualquer outro lugar publica era proibido. A policia prendia e levava para a cadeia. As lojas vendiam álcool mas as pessoas tinham que levar para casa beber. Hoje na rodoviária vi a policia multando um rapaz que tomava cerveja. Eles fizeram o rapaz esvaziar a lata na hora e o multaram. No Brasil tinha que ser assim. É ridículo os bares venderem pinga, todo mundo bebendo nas ruas, metro...

A pior coisa aqui era que em cada esquina tinha advogados. Tinha advogados para cada tipo de processo, e eles deviam ganhar muito dinheiro. Onde tinha muitos advogados a sociedade tinha medo. Tinha que verificar cada passo que a gente dava para não se envolver em nada.

O que mais impressiona é quando se pegava um trem, na saída da estação tinha um shuttle bus te esperando e fazia o transporte gratuito ida e volta para o centro da cidade. Onde mais tinha isso? O Brasil tem muito o que melhorar no transporte, na bebidas, etc


quinta-feira, 19 de março de 2009

Miami

Cheguei em Miami às 21h. Estava viajando só com a bagagem de mão, e o voo durou 5 horas, mas como fuso horário caiu para 1 hora. O Brasil estava 1 hora na frente de nós. Esta viagem saiu de graça pelas milhas que eu tinha. Estava chovendo muito.

Já estive em Miami diversas vezes, mas em Miami Beach era a primeira vez. Era tudo bonito e organizado e a praia era muito limpa. A rua principal em frente a praia se chamava Ocean Drive, e tinha restaurantes, bares, danceterias e muito mais.90% das pessoas andavam de chinelo. Uma havaiana no Brasil que custava 15 reais em média, em Miami era 30 dólares,  na Inglaterra 50 libras, e na Alemanha mais de 30 euros.

Aqui tinha estudantes do mundo inteiro, e muita bagunça, bebida e gritaria à noite. Meninos e meninas bebiam demais. Eles viravam a noite bebendo e dormiam às 6 horas da manhã. Era assim todo dia, mas apesar de beberem eles respeitavam as pessoas. Em cada quarteirão tinha um carro de policia a noite toda. Que segurança! Se alguém passava dos limites eles levam embora.

A passagem de ônibus custava 2 dólares para todos. Lá era um lugar de turismo e turismo era considerado diversão. O Hostel ficava a 3 quadras do South Miami Beach e custava 30 dólares por dia, com pensão completa. Um dia era comida mexicana, na outro dia cubana, no outra pizza, no outro arroz com feijão preto e frango, e etc. Deu para saber as comidas típicas de alguns países. A internet era de graça e ainda tinha a cozinha para fazer a própria comida quando quisesse. Os turistas britânicos eram os mais educados. Eles falavam seus nomes e perguntavam nosso nome. Conversavam com todos. Quando chegava de noite, os britânicos eram os que mais bebiam, e os brasileiros os que menos bebiam (segundo um gerente de hotel brasileiro que encontrei).

Os americanos jogavam moedas de 1 centavo em todo lugar: no hotel, na praia, na rua, etc. Acho que eles acreditavam que em cada 1 centavo que eles jogavam fora, eles recebiam 1 dólar de volta. Era incrível ver tantas moedas de 1 centavo jogadas pelas ruas. Se alguém pegava era mendigo.
Em downtown Miami tinha um trem elevado (parecia o fura-fila no Brasil) que as pessoas podiam usar de graça. Esse trem andava só no centro da cidade, onde tinha várias lojas com preços bem mais baratos. Esses trens eram pequenos, cabiam poucas pessoas e estavam sempre vazios. A cada 2 ou 3 minutos passava um trem.

Os mendigos aqui eram modernos. Estava outro dia comendo em um restaurante para brasileiros e o Buffet custava 6 dólares. Estava quase terminando de comer e chegou um mendigo, pediu licença e levou o prato para ele comer. Ele fez isso comigo e com outras pessoas. Se o dono do restaurante reclamava ele xingava o dono e desaparecia. A fome era tão grande que o homem pegou o prato que a pessoa quase terminou para comer o resto. Isso acontecia apenas em restaurantes mais populares.

Tinha um shopping que se chama Aventura Mall, que era muito bonito e tinha muitas coisas em conta. Os eletrônicos já não eram mais em contas como antes e o notebook tinha um preço semelhante ao Brasil, só que no Brasil se comprava em 10 vezes sem juros.

Era época de spring break,: o período de folga dos estudantes na primavera. Por isso era normal nessa época eles beberem mais, mas não tinha briga e cada estabelecimento controlava o que as pessoas estavam bebendo. Às 22 horas, os jovens já começavam a encher a cara. As moças bebiam mais, falavam mais, gritavam mais e faziam muito mais bagunça do que os rapazes. Parece que faziam tudo longe de pai e mãe. A bebedeira só terminava de madrugada e todos os dias era a mesma coisa. Quem queria mesmo dormir não conseguia, pois essas pessoas dormiam às 6 da manhã e acordavam por volta das 11 horas

segunda-feira, 9 de março de 2009

São Francisco

Em todo lugar tinha preconceito: em cada condução e em cada passeio. A passagem custa 1,50 dólares, mas o idoso pagava 60 centavos, ou seja, preconceito para velho acima de 60 anos. Em Lós Angeles todos pagam 25 centavos no ônibus BART (que circula na cidade).

Em Seattle quando o ônibus circula na cidade cobrava, mas quando a pessoa subia e descia no centro não. Quando fui visitar Coit Tower para todos era 6 dólares, e eu paguei 3. Para uma viagem de San Francisco até a Ilha de Alcatraz custava 35 dólares, e o idoso pagava 24 dólares.

Ontem fui ao Golden-Gate (Portão dourado) mas a ponte inteirinha era pintada de vermelho, que contradição. O cumprimento dela era 2,5km, e quem quisesse caminhar nela tinha que andar 5 km, e tinha até carrinhos da prefeitura para pegar idosos cansados. Para ir e voltar demorava 1h30min, e a cada 100 metros da ponte estava escrito “Não pode cometer suicídio, é pecado.” Tinha até telefone para quem queria se suicidar. Tinha mais alertas para suicidas do que para pedestres, e quase 100% das pessoas eram estrangeiras. Acho que os americanos iam lá para pular. A passagem em cima da ponte era gostosa, mas os carros andavam a mais de 100 km por hora na pista ao lado.

Do aeroporto peguei o metro, que custava 5 dolares e ia para o centro da cidade. Desci na Powell street e andei durante cinco minutos até chegar ao USA Hostels, que ficava na Poststreet, 771.


No hostel paguei 25 dólares por dia. Tinha cozinha para fazer comida o dia inteiro (exceto das 10,30h até 12h para a limpeza). Podia fazer a comida que quisesse pois tinha todas as louças e panelas, além dos temperos de todos os tipos. Tinha leite em pó, água quente, café americano, açúcar mascavo, geleia, granolas, leite e panquecas para o café da manhã até as 10,30h. Também tinha uma mini sala de cinema que funcionava das 7 horas até 1 hora da madrugada, e os filmes eram gratuitos. Assisti o filme  “Quem quer ser milionário” (Slumdog milionaire). Tinha 50 assentos, mas todos os dias tinha apenas 3 ou 4 pessoas assistindo.

Tinha biblioteca com livros de turismo, xampu, sabonete, e wi-fi... tudo sem custo. Quase todos as noites tinha jantar para quem quisesse por 5 dólares, e para quem não quisesse, tinha notebook e computadores que podiam ser alugados por 5 dólares por hora.

O que vi sobre São Francisco:

  • No filme “Se meu fusca falasse”, o fusca aparece andando pelas ruas da Lombard Street.
  • No filme “Forest Gump” (O contador de histórias), o banco que ele senta para contar as histórias fica na Fischermans Warf.
  • Na Ilha de Alcatraz tem uma prisão onde tem passeios.
  • O famoso Bonde de São Francisco que aparece em vários filmes e no seriado “Três é demais”  é o símbolo da cidade.  O bonde custa 5 dólares e o ônibus 1,50 dólares.
  • Aqui tem a maior Chinatown da América do Norte. Há um bairro inteiro de lojas chinesas.
  • Há o maior comércio de marinheiros,chamado de Fishermans Warf.Tem todo o tipo de peixe e lagosta para comer. 

Union Square: são dois blocos de prédios que tem muitas lojas. Esse local também é chamado de down town. Fica perto da Bay bridge, uma ponte que liga S. Francisco à Ilha do Tesouro, e também do Hostel Colt Tower, a torre mais alta de S. Francisco. De lá dá para ver a cidade toda. As pessoas aqui estavam sentindo a crise. As vendas dos comércios caíram, muitas lojas fechadas, muitos americanos desempregados, e só os turistas faziam compras.
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