Fort
Lauderdale também é chamado de Broward country e o transporte era feito pelo
BCT (Boward Country Transport). Os ônibus eram muito confortáveis, com ar
condicionado e plataforma de embarque para cadeira de rodas. O que mais
impressionava era que ele se abaixava para pegar passageiros, e levanta para ir
embora. Tem também um aviso de alto falante para cada estação, e um painel
mostrando a estação, dia e hora. Dentro do ônibus eram distribuídos folhetos
com o horário e pontos de ônibus.
Quem
utilizava esse transporte eram os pobres, idosos e turistas. A passagem custava
1,25 dolares, ou 3 dólares por dia; e para os idosos 60 centavos de dólar, ou 2
dólares por dia, para pegar quantos ônibus quisesse.
O
Hostel tinha muito mais espaço e também ficava perto das praias. Fui para Saw-Grass
Mills, que é considerado o maior shopping da América do norte e não dava para
andar tudo em um dia, de tão grande que era.
As
pessoas eram educadas e quando encontrava alguém eles falavam: “How you
doing?”(Como vai você?) ou “Have a nice day!”(Tenha um bom dia!). Todos se
cumprimentavam, mesmo que não se conheciam. As lojas e supermercados não achavam
ruim quando se comprava algo de 1 dolar e pagavam com uma nota de 100 dólares.
Eles davam o troco sem reclamar, inclusive os centavos, e o impressionante é
que eles tinham muito troco.
Aqui
também em todo lugar tinha dinheiro no chão, acho que era costume também. Havia
moedas de 5 centavos, 10 centavos e 25 centavos. Não tinha moedas de 50
centavos e de 1 dolar já era nota. As moedas de 25 centavos eles chamavam de um
quarter. Para qualquer coisa, por exemplo, lavar roupas automáticos, pagar
parquímetro, ônibus, telefonar... eles usavam a moeda de 25 centavos. Nunca vi
uma moeda de 25 centavos no chão, pois aqui as pessoas tem que andar com muitas
moedas de 25 centavos. Sempre precisava. Peguei várias moedas de 10 centavos.
Ainda não sei dizer se eram apenas os turistas ou se eram os americanos.
A
Pizza Hut lançou nessa época o “Centavo Premiado”. Eles jogavam na rua centavos
premiados (eles colocavam a moeda no chão com o lado do prêmio para baixo).
Quem encontrava o prêmio ganhava uma pizza de 5 dólares. Isso era um incentivo
para as pessoas ficarem pegando os
centavos no chão. Eu pegava quando encontrava e não me importava, mas ver
dinheiro jogado na rua dava dor.
Aqui todas
as lanchonetes e restaurantes tinha wi-fi (internet). Até na hora de comer as
pessoas usavam laptops. Por falar em restaurante, tinha restaurantes do mundo
inteiro, inclusive restaurante indiano. O preço médio do prato era 10 dólares,
mas comer na rua era muito caro. Comprava comida no supermercado por 60 dólares.
Em Hostel podia cozinhar. Tinha fogão, panelas, pratos, talheres, tudo; era supereconômico.
A compra que fiz durou 10 dias para as três refeições: café da manhã, almoço e
jantar.
Para lavar roupa paguei 3 dólares na lavanderia: 1 dólar para
lavar e dois dólares para secar. Vender havaianas aqui para turistas e
americanos parecia ser um bom negócio, e tinham várias importadoras. O que
encarecia era justamente o imposto sobre o produto. Falando em imposto ao
comprar um lanche ou computador a gente pagava na hora 8% de imposto. Por
exemplo, paguei 299 dólares um computador, mas na hora de pagar custou 323 dólares. Enfim, qualquer coisa que se comprava tinha
que pensar em imposto.
Se eu perguntava o que era esse valor os americanos respondiam
que era “Papa Obama (Papa Bush)”, que significava que Obama papa tudo dinheiro
de imposto.
Ruas e calçadas eram limpíssimas e quase não se via sujeira.
As ruas tinha caminhos para pedestres e também tinha ciclovia. Na frente dos
ônibus tinha espaço para transportar até duas bicicletas. Muitos ciclistas andavam
de bicicleta e depois pegavam ônibus. Todos os banheiros públicos e hotéis tinham
água quente e fria, mesmo no verão. Os shoppings eram confortáveis com artigos
de primeira linha e preços bem acessíveis. Os turistas faziam muitas compras.
Nas praias de Fort Lauderdale não podia entrar com bebidas,
não podia trazer animais domésticos de qualquer espécie, não podia fumar e nem
comer. A praia ficava sempre limpa e bonita. Quem quisesse comer ou beber iai
aos restaurantes perto da praia.
Água
mineral podia levar em garrafas plásticas descartáveis, mas garrafas de vidro
ou de outro material era proibido. O controle era rigoroso e a multa podia
chegar a 200 dólares. Fiquei três dias na praia e não vi ninguém ser multado.
Jogar lixo na praia, por exemplo, era uma multa pesada e não pense que passava despercebido,
porque outros banhistas denunciavam na nora. Adorei ver a praia limpa.
Beber
bebida alcoólica na rua, ônibus ou qualquer outro lugar publica era proibido. A
policia prendia e levava para a cadeia. As lojas vendiam álcool mas as pessoas
tinham que levar para casa beber. Hoje na rodoviária vi a policia multando um
rapaz que tomava cerveja. Eles fizeram o rapaz esvaziar a lata na hora e o
multaram. No Brasil tinha que ser assim. É ridículo os bares venderem pinga,
todo mundo bebendo nas ruas, metro...
A
pior coisa aqui era que em cada esquina tinha advogados. Tinha advogados para
cada tipo de processo, e eles deviam ganhar muito dinheiro. Onde tinha muitos
advogados a sociedade tinha medo. Tinha que verificar cada passo que a gente
dava para não se envolver em nada.
O que
mais impressiona é quando se pegava um trem, na saída da estação tinha um
shuttle bus te esperando e fazia o transporte gratuito ida e volta para o
centro da cidade. Onde mais tinha isso? O Brasil tem muito o que melhorar no
transporte, na bebidas, etc
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