Abril-2010
A última vez que vim para cá ainda tinham as torres gêmeas.
Duas semanas, final de agosto, antes do desastre eu peguei o mesmo avião. Na
Inglaterra existe uma cidade chamada York. Quando os ingleses vieram visitar os
EUA e assentaram aqui, chamaram a cidade de Nova Iorque.
Dia 12 cheguei ao aeroporto JKF. Ele é enorme, e para sair
dele tem um trem aéreo (vulgo fura fila no Brasil), que se chama "Air Train". A
passagem custa 5 dólares e todos são obrigados a andar nele. Depois que ele
chega na estação Jamaica os passageiros decidem se vai pegar trem ou metrô. O
trem é mais rápido para "downtown" (20 minutos). O metrô é mais barato, porém
demora 40 minutos.
Nova Iorque é dividida em três partes: Manhattan, Queens e
Brooklyn. Manhattan é chamada de "downtown" (centro da cidade), e todas as
atrações de NY estão aqui. Manhattan é grande, mas de metrô (subway) não se
pode conhecer nada. Começando de cima para baixo: Columbia University, Central
Park, Museu de História Natural e Museu de Arte. Também tem vários outros
museus pequenos ao redor deles.
No
Queens as coisas são bem mais em conta, com ruas simples e bem rústicas,
parecida com a rua Santa Efigênia no Brás, São Paulo. Quando estiverem na Wall
Street lembre-se de passar a mão nos testículos do touro ,pois de acordo com as
chinesas isso dá sorte!
Aqui
tem avenidas chamadas “avenues” e as ruas que atravessam as avenidas tem cada
um numero diferente. O numero da rua aumenta para a direção norte e diminui
para o lado sul. O Central Park, por exemplo, começa na 59 Street e vai até a
110 Street. No final da 42 street tem a ONU. Nos três prédios há milhares de
pessoas trabalhando pela paz no mundo. Apesar de tudo isso o mundo está carente
de paz.
A
Times Square, que fica na 42 Street, é mil vezes mais bonita do que a Av.
Paulista. Muita gente passa um tempo por ali. Tem cinemas e teatros para todos
os gostos. La também tinha um novo Lincoln continental roubado e abandonado em
cima da faixa de pedestres.
No
Port Autorithy US Station saem ônibus para todos os lugares. É uma rodoviária
quatro vezes maior do que a de São Paulo, muito limpa e organizada. Nesse local
vi uma mulher aparentemente pobre, que começou a pegar um monte de objetos da
loja e guardar na bolsa. Não demorou 5 minutos, vieram três policiais e a prendeu.
Ela disse para eles que tinham achado as coisas na prateleira... deve ter algum
distúrbio mental.
A rua 46 é conhecida como “Little Brazil Street”. Será que
eles acham que o Brasil é pequeno? Nessa rua tem um restaurante brasileiro.
Eu
fiquei hospedado no centro de Manhattan, em um hotel chamado Chelsea Star. Ele
fica no cruzamento da Avenue n.8 com a Street n. 30. Esse hotel fica a 50
metros da Madison Square Garden, a 500 metros da Empire State Building, a 100
metros da Pennsylvania Station. Nesta estação partem os trens para Long Island
e os trens de longa distância (Amtrak).
Quem
quer subir na torre do famoso prédio Empire State Building tem que pagar 20
dólares para subir no elevador e ter uma vista panorâmica de NY. Mais para o
sul tem uma rua chamada “Canal Street” que parece a rua 25 de março em São
Paulo. Lá tem um monte de chineses vendendo produtos chineses. Lá perto tem a China Town
– a maior concentração dos chineses.
Nessa
viagem vi uma coisa que me chocou profundamente. Estava caminhando na 5ª
avenida onde normalmente só há luxo. De repente vi uma pessoa jogando no lixo
público um sanduiche que ela não conseguia mais comer. Logo em seguida, vi
outra pessoa bem vestida (parecia ser da classe média, sem nenhum sinal de pobreza),
que colocou a mão no lixo, pegou o lanche e foi embora comendo. Uma pessoa
pobre no Brasil não comeria um lanche já mordido por outra pessoa... mas não
achei que ele fez errado, mas fiquei arrepiado de dor. A pessoa comeu uma
comida que foi jogada fora. Aqui uma pessoa sem teto não tem nada, nem tem
direito de fazer nada, ocupar nada, muito menos eleger políticos. No Brasil um
sem teto ainda tem o bolsa-família e vive com muito mais dignidade do que uma
pessoa daqui.
No
extremo sul de Manhattan pode pegar um barco de graça para a Ilha Sutton. Ele
passa perto da Estátua da Liberdade. Para parar na ilha os barcos de turismo
cobram 15 dólares. No lado esquerdo tem a Ponte de Manhattan e a Ponte do
Brooklyn. Na ponte do Brooklyn tem muitas pessoas passeando a pé ou de
bicicleta.
Viajar
para EUA e Europa é muito mais barato do que viajar para o Brasil com a CVC.
hotéis e comidas são bem mais em conta no exterior! Muita gente gosta de viajar
e encher a barriga com qualquer comida nova que aparece. Elas não sabem que o
nosso corpo está acostumado com a comida da nossa casa. Como consequência,
muita gente estraga a viagem e volta para casa doente. As mudanças de horário também
causam problemas de sono e intestino preso.
Os
"hostels" (albergues) são uma boa opção para pernoitar e muita gente vai com a
família. Tem que fazer a reserva sempre antecipada e tem quartos de todo o
tipo. Custa 20 dólares nos EUA e 20 euros na Europa. Nesses locais você faz a
sua comida, e o café da manhã é de graça (pão, manteiga, café, leite, sucrilhos
e marmelada). As pessoas fazem amizades e a gente conhece pessoas de todo o
mundo. Tem albergues que tem até condução própria e limpeza é fundamental!
Para
quem não gosta de albergue, os hotéis geralmente custam 50 dólares nos EUA e 60
euros na Europa. No Brasil qualquer hotel simples custa 150 reais (cerca de 75 dólares)
a diária. Nos EUA um quarto de hotel acomoda até quatro pessoas, e vem com cama
de casal, micro-ondas, geladeira, tabua de passar roupa, cafeteira, banheira, ar
condicionado, etc.
Para
quem não come muito, com 50 dólares/50 euros por dia se come muito bem, mas é
preciso falar no mínimo o inglês.
Para
viajar, uma pessoa precisa ter vontade de conhecer os lugares, tempo,
disposição, curiosidade de conhecer outras culturas, saúde para caminhar
bastante, um pouco de vitamina M (Money), conhecimento do povo e das leis
locais, e não comer ou beber dentro dos metrôs. Resumindo: não precisa ganhar
na loteria! A melhor viagem é aquela que foi planejada!
E
assim termina a viagem de NY que eu gostei muito. Um lugar onde a riqueza e a
pobreza caminham lado a lado. É incrível a quantidade de ambulantes vendendo
coisas nas ruas. A cidade não para.