domingo, 12 de janeiro de 2014

Nova Iorque

Abril-2010

A última vez que vim para cá ainda tinham as torres gêmeas. Duas semanas, final de agosto, antes do desastre eu peguei o mesmo avião. Na Inglaterra existe uma cidade chamada York. Quando os ingleses vieram visitar os EUA e assentaram aqui, chamaram a cidade de Nova Iorque.

Dia 12 cheguei ao aeroporto JKF. Ele é enorme, e para sair dele tem um trem aéreo (vulgo fura fila no Brasil), que se chama "Air Train". A passagem custa 5 dólares e todos são obrigados a andar nele. Depois que ele chega na estação Jamaica os passageiros decidem se vai pegar trem ou metrô. O trem é mais rápido para "downtown" (20 minutos). O metrô é mais barato, porém demora 40 minutos.

Nova Iorque é dividida em três partes: Manhattan, Queens e Brooklyn. Manhattan é chamada de "downtown" (centro da cidade), e todas as atrações de NY estão aqui. Manhattan é grande, mas de metrô (subway) não se pode conhecer nada. Começando de cima para baixo: Columbia University, Central Park, Museu de História Natural e Museu de Arte. Também tem vários outros museus pequenos ao redor deles.

No Queens as coisas são bem mais em conta, com ruas simples e bem rústicas, parecida com a rua Santa Efigênia no Brás, São Paulo. Quando estiverem na Wall Street lembre-se de passar a mão nos testículos do touro ,pois de acordo com as chinesas isso dá sorte!

Aqui tem avenidas chamadas “avenues” e as ruas que atravessam as avenidas tem cada um numero diferente. O numero da rua aumenta para a direção norte e diminui para o lado sul. O Central Park, por exemplo, começa na 59 Street e vai até a 110 Street. No final da 42 street tem a ONU. Nos três prédios há milhares de pessoas trabalhando pela paz no mundo. Apesar de tudo isso o mundo está carente de paz.

A Times Square, que fica na 42 Street, é mil vezes mais bonita do que a Av. Paulista. Muita gente passa um tempo por ali. Tem cinemas e teatros para todos os gostos. La também tinha um novo Lincoln continental roubado e abandonado em cima da faixa de pedestres.
No Port Autorithy US Station saem ônibus para todos os lugares. É uma rodoviária quatro vezes maior do que a de São Paulo, muito limpa e organizada. Nesse local vi uma mulher aparentemente pobre, que começou a pegar um monte de objetos da loja e guardar na bolsa. Não demorou 5 minutos, vieram três policiais e a prendeu. Ela disse para eles que tinham achado as coisas na prateleira... deve ter algum distúrbio mental.
A rua 46 é conhecida como “Little Brazil Street”. Será que eles acham que o Brasil é pequeno? Nessa rua tem um restaurante brasileiro.
Eu fiquei hospedado no centro de Manhattan, em um hotel chamado Chelsea Star. Ele fica no cruzamento da Avenue n.8 com a Street n. 30. Esse hotel fica a 50 metros da Madison Square Garden, a 500 metros da Empire State Building, a 100 metros da Pennsylvania Station. Nesta estação partem os trens para Long Island e os trens de longa distância (Amtrak).
 
Quem quer subir na torre do famoso prédio Empire State Building tem que pagar 20 dólares para subir no elevador e ter uma vista panorâmica de NY. Mais para o sul tem uma rua chamada “Canal Street” que parece a rua 25 de março em São Paulo. Lá tem um monte de chineses vendendo produtos chineses. Lá perto tem a China Town – a maior concentração dos chineses.
Nessa viagem vi uma coisa que me chocou profundamente. Estava caminhando na 5ª avenida onde normalmente só há luxo. De repente vi uma pessoa jogando no lixo público um sanduiche que ela não conseguia mais comer. Logo em seguida, vi outra pessoa bem vestida (parecia ser da classe média, sem nenhum sinal de pobreza), que colocou a mão no lixo, pegou o lanche e foi embora comendo. Uma pessoa pobre no Brasil não comeria um lanche já mordido por outra pessoa... mas não achei que ele fez errado, mas fiquei arrepiado de dor. A pessoa comeu uma comida que foi jogada fora. Aqui uma pessoa sem teto não tem nada, nem tem direito de fazer nada, ocupar nada, muito menos eleger políticos. No Brasil um sem teto ainda tem o bolsa-família e vive com muito mais dignidade do que uma pessoa daqui.

No extremo sul de Manhattan pode pegar um barco de graça para a Ilha Sutton. Ele passa perto da Estátua da Liberdade. Para parar na ilha os barcos de turismo cobram 15 dólares. No lado esquerdo tem a Ponte de Manhattan e a Ponte do Brooklyn. Na ponte do Brooklyn tem muitas pessoas passeando a pé ou de bicicleta.
 
Viajar para EUA e Europa é muito mais barato do que viajar para o Brasil com a CVC. hotéis e comidas são bem mais em conta no exterior! Muita gente gosta de viajar e encher a barriga com qualquer comida nova que aparece. Elas não sabem que o nosso corpo está acostumado com a comida da nossa casa. Como consequência, muita gente estraga a viagem e volta para casa doente. As mudanças de horário também causam problemas de sono e intestino preso.

Os "hostels" (albergues) são uma boa opção para pernoitar e muita gente vai com a família. Tem que fazer a reserva sempre antecipada e tem quartos de todo o tipo. Custa 20 dólares nos EUA e 20 euros na Europa. Nesses locais você faz a sua comida, e o café da manhã é de graça (pão, manteiga, café, leite, sucrilhos e marmelada). As pessoas fazem amizades e a gente conhece pessoas de todo o mundo. Tem albergues que tem até condução própria e limpeza é fundamental!

Para quem não gosta de albergue, os hotéis geralmente custam 50 dólares nos EUA e 60 euros na Europa. No Brasil qualquer hotel simples custa 150 reais (cerca de 75 dólares) a diária. Nos EUA um quarto de hotel acomoda até quatro pessoas, e vem com cama de casal, micro-ondas, geladeira, tabua de passar roupa, cafeteira, banheira, ar condicionado, etc.
Para quem não come muito, com 50 dólares/50 euros por dia se come muito bem, mas é preciso falar no mínimo o inglês.
Para viajar, uma pessoa precisa ter vontade de conhecer os lugares, tempo, disposição, curiosidade de conhecer outras culturas, saúde para caminhar bastante, um pouco de vitamina M (Money), conhecimento do povo e das leis locais, e não comer ou beber dentro dos metrôs. Resumindo: não precisa ganhar na loteria! A melhor viagem é aquela que foi planejada!
 
E assim termina a viagem de NY que eu gostei muito. Um lugar onde a riqueza e a pobreza caminham lado a lado. É incrível a quantidade de ambulantes vendendo coisas nas ruas. A cidade não para.

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