quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Cuba

Abril-2010

Gostei muito deste lugar. Ainda tem muita gente que defende Fidel Castro. Eu prefiro a política externa dos EUA do que a política interna de Cuba, que deixa seus cidadãos sem direito de expressão, sem vida, sem poder adquirir celulares, sem poder viajar e assistir TV a cabo.

Todo mundo temo direito de discordar. Se alguém discordar então que venda seu carro e seu celular e venha viver como os cubanos. Na época de Hitler muita gente deu apoio, mesmo sabendo que ele era um ditador. As pessoas que defendem a ditadura aprenderam tanto, mas não aprenderam que a liberdade de expressão é fundamental para um ser humano. Um americano hoje critica e xinga o presidente, e no Brasil, Índia e Inglaterra, por exemplo, as pessoas podem opinar sobre o governo.

Claro que Cuba pode ser o melhor país socialista, mas quando tira o direito de expressão se torna um socialismo falso. Depois que o Brasil negou asilo para jogadores cubanos que queriam fugir dessa vida, os professores – com toda a sua inteligência e estudo social – não manifestaram nada; e então os jogadores foram deportados.

Nos EUA, mesmo as pessoas que estão vivendo ilegalmente, vivem muito melhor do que no país de origem. Se o país de origem desse todo o conforto para essa pessoa, então por que ela iria para outro pais vivem em situação ilegal?

Já caiu o muro de Berlim, já caiu a União Soviética (hoje Rússia), e todos os países que apoiavam o socialismo (comunismo) no leste europeu hoje passa por dificuldades. No comunismo o partidário tem de tudo e o povo não tem nada. Por outro lado, em um país capitalista o povo ainda pode abrir a boca e falar, pode votar. O pobre de Cuba não pode votar e nem abrir a boca. 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Nova Iorque

Abril-2010

A última vez que vim para cá ainda tinham as torres gêmeas. Duas semanas, final de agosto, antes do desastre eu peguei o mesmo avião. Na Inglaterra existe uma cidade chamada York. Quando os ingleses vieram visitar os EUA e assentaram aqui, chamaram a cidade de Nova Iorque.

Dia 12 cheguei ao aeroporto JKF. Ele é enorme, e para sair dele tem um trem aéreo (vulgo fura fila no Brasil), que se chama "Air Train". A passagem custa 5 dólares e todos são obrigados a andar nele. Depois que ele chega na estação Jamaica os passageiros decidem se vai pegar trem ou metrô. O trem é mais rápido para "downtown" (20 minutos). O metrô é mais barato, porém demora 40 minutos.

Nova Iorque é dividida em três partes: Manhattan, Queens e Brooklyn. Manhattan é chamada de "downtown" (centro da cidade), e todas as atrações de NY estão aqui. Manhattan é grande, mas de metrô (subway) não se pode conhecer nada. Começando de cima para baixo: Columbia University, Central Park, Museu de História Natural e Museu de Arte. Também tem vários outros museus pequenos ao redor deles.

No Queens as coisas são bem mais em conta, com ruas simples e bem rústicas, parecida com a rua Santa Efigênia no Brás, São Paulo. Quando estiverem na Wall Street lembre-se de passar a mão nos testículos do touro ,pois de acordo com as chinesas isso dá sorte!

Aqui tem avenidas chamadas “avenues” e as ruas que atravessam as avenidas tem cada um numero diferente. O numero da rua aumenta para a direção norte e diminui para o lado sul. O Central Park, por exemplo, começa na 59 Street e vai até a 110 Street. No final da 42 street tem a ONU. Nos três prédios há milhares de pessoas trabalhando pela paz no mundo. Apesar de tudo isso o mundo está carente de paz.

A Times Square, que fica na 42 Street, é mil vezes mais bonita do que a Av. Paulista. Muita gente passa um tempo por ali. Tem cinemas e teatros para todos os gostos. La também tinha um novo Lincoln continental roubado e abandonado em cima da faixa de pedestres.
No Port Autorithy US Station saem ônibus para todos os lugares. É uma rodoviária quatro vezes maior do que a de São Paulo, muito limpa e organizada. Nesse local vi uma mulher aparentemente pobre, que começou a pegar um monte de objetos da loja e guardar na bolsa. Não demorou 5 minutos, vieram três policiais e a prendeu. Ela disse para eles que tinham achado as coisas na prateleira... deve ter algum distúrbio mental.
A rua 46 é conhecida como “Little Brazil Street”. Será que eles acham que o Brasil é pequeno? Nessa rua tem um restaurante brasileiro.
Eu fiquei hospedado no centro de Manhattan, em um hotel chamado Chelsea Star. Ele fica no cruzamento da Avenue n.8 com a Street n. 30. Esse hotel fica a 50 metros da Madison Square Garden, a 500 metros da Empire State Building, a 100 metros da Pennsylvania Station. Nesta estação partem os trens para Long Island e os trens de longa distância (Amtrak).
 
Quem quer subir na torre do famoso prédio Empire State Building tem que pagar 20 dólares para subir no elevador e ter uma vista panorâmica de NY. Mais para o sul tem uma rua chamada “Canal Street” que parece a rua 25 de março em São Paulo. Lá tem um monte de chineses vendendo produtos chineses. Lá perto tem a China Town – a maior concentração dos chineses.
Nessa viagem vi uma coisa que me chocou profundamente. Estava caminhando na 5ª avenida onde normalmente só há luxo. De repente vi uma pessoa jogando no lixo público um sanduiche que ela não conseguia mais comer. Logo em seguida, vi outra pessoa bem vestida (parecia ser da classe média, sem nenhum sinal de pobreza), que colocou a mão no lixo, pegou o lanche e foi embora comendo. Uma pessoa pobre no Brasil não comeria um lanche já mordido por outra pessoa... mas não achei que ele fez errado, mas fiquei arrepiado de dor. A pessoa comeu uma comida que foi jogada fora. Aqui uma pessoa sem teto não tem nada, nem tem direito de fazer nada, ocupar nada, muito menos eleger políticos. No Brasil um sem teto ainda tem o bolsa-família e vive com muito mais dignidade do que uma pessoa daqui.

No extremo sul de Manhattan pode pegar um barco de graça para a Ilha Sutton. Ele passa perto da Estátua da Liberdade. Para parar na ilha os barcos de turismo cobram 15 dólares. No lado esquerdo tem a Ponte de Manhattan e a Ponte do Brooklyn. Na ponte do Brooklyn tem muitas pessoas passeando a pé ou de bicicleta.
 
Viajar para EUA e Europa é muito mais barato do que viajar para o Brasil com a CVC. hotéis e comidas são bem mais em conta no exterior! Muita gente gosta de viajar e encher a barriga com qualquer comida nova que aparece. Elas não sabem que o nosso corpo está acostumado com a comida da nossa casa. Como consequência, muita gente estraga a viagem e volta para casa doente. As mudanças de horário também causam problemas de sono e intestino preso.

Os "hostels" (albergues) são uma boa opção para pernoitar e muita gente vai com a família. Tem que fazer a reserva sempre antecipada e tem quartos de todo o tipo. Custa 20 dólares nos EUA e 20 euros na Europa. Nesses locais você faz a sua comida, e o café da manhã é de graça (pão, manteiga, café, leite, sucrilhos e marmelada). As pessoas fazem amizades e a gente conhece pessoas de todo o mundo. Tem albergues que tem até condução própria e limpeza é fundamental!

Para quem não gosta de albergue, os hotéis geralmente custam 50 dólares nos EUA e 60 euros na Europa. No Brasil qualquer hotel simples custa 150 reais (cerca de 75 dólares) a diária. Nos EUA um quarto de hotel acomoda até quatro pessoas, e vem com cama de casal, micro-ondas, geladeira, tabua de passar roupa, cafeteira, banheira, ar condicionado, etc.
Para quem não come muito, com 50 dólares/50 euros por dia se come muito bem, mas é preciso falar no mínimo o inglês.
Para viajar, uma pessoa precisa ter vontade de conhecer os lugares, tempo, disposição, curiosidade de conhecer outras culturas, saúde para caminhar bastante, um pouco de vitamina M (Money), conhecimento do povo e das leis locais, e não comer ou beber dentro dos metrôs. Resumindo: não precisa ganhar na loteria! A melhor viagem é aquela que foi planejada!
 
E assim termina a viagem de NY que eu gostei muito. Um lugar onde a riqueza e a pobreza caminham lado a lado. É incrível a quantidade de ambulantes vendendo coisas nas ruas. A cidade não para.

Washington

Abril-2010

Cheguei a NY às 5 horas. No aeroporto JFK passei pela imigração, e depois de dois minutos carimbaram meu passaporte para mais seis meses. Às 9 horas peguei outro avião para Washington DC – era um avião pequeno e fabricado pela Embraer, e fiquei muito orgulhoso. Vi o pentágono e o obelisco famoso.
No aeroporto Ronald Reagan tem metrô. Aqui o desconto para idosos funciona mesmo. Tive que ir até a estação de metrô do pentágono, em um lugar chamado Sales Office. Bastou mostrar meu passaporte para a funcionária emitir uma passagem para idoso, que é bem mais barato que o normal. Um passe de 10 dólares deu para andar quatro dias.
O Hilltop Hostel fica em um bairro de Washington DC chamado Takoma, bem perto do metrô. Tem muita área de lazer, jardim grande, sala de computador, de TV, etc. Paguei 150 dólares para sete dias. Fiz sopa quase todos os dias e tem internet gratuita.
Aqui não são muito diferentes do Brasil, Os prédios de governo é bem luxuoso, passou disso a gente encontra pedinte e pessoas vendendo coisas no metrô. Usei bermuda e chinelo brasileiro nos quatro dias que andei pela cidade. Conheci bons museus de graça. Fui ao Memorial de Lincoln, Casa Branca (só por fora), a famosa capital, o obelisco e o memorial dos soldados que morreram na guerra. Aquele prédio branco que mostra nos cinemas que tem uma parte redonda em cima – que eu pensei que fosse a casa branca - é apenas a capital, como eles mesmo chamam. O trânsito é caótico e os carros ficam muito tempo parados, mas para os pedestres não tem problema

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Índia-II

Novembro-2009

Na Índia há muitas belezas da natureza, onde animais e humanos vivem harmonicamente. Quando menos se espera, a gente encontra um elefante andando pelas ruas. Há macacos por toda a parte fazendo parte da vida humana; eles ficam em cima das árvores, sobem nas casas e pedem comidas. As vacas ficam à vontade no meio das ruas como se nada tivesse acontecendo. Um grupo de camelos é guiado pelos humanos e caminham pelas estradas – eles escravizam esses animais porque eles são mansinhos. Passei pela floresta no sul de Andhra Pradesh onde andam livremente os poucos tigres que sobraram. É maravilhoso ouvir o canto dos pássaros no por do sol. Aqui tem reservas florestais onde centenas de veados vivem a sua vida normalmente.
Desta vez estou aproveitando cada minuto e segundo desta viagem, e vejo os indianos vivendo a mesma vida que viviam há muitos anos. A modernidade aqui não apaga as velhas crenças e tradições. Modernos computadores não conseguem influenciar na religião, por exemplo. Ricos, pobres, analfabetos, cientistas tem a mesma fé e todos participam das cerimônias antigas de religião. Há muitas pessoas pobres neste país. Muitos vivem ao lado das pessoas ricas e vivem felizes. Aliás, quando vejo essa felicidade nos olhos dos pobres vejo mais de perto o grande criador deste mundo todo.
Na Índia eu posso aprender qualquer profissão: domador de elefante, vendedor de rua, sacerdote, fakir, literato e camponês. Certa vez fui a um templo famoso em Thirupathi. Peguei uma  fila que durou 3 horas e não vi ninguém reclamando e estavam todos felizes por estarem perto de Deus. Essa felicidade não se pode comprar com dinheiro. Diferente do ocidente; aqui não se fala em dinheiro e não se fala em adquirir riquezas. Para uma pessoa que mora nas ruas, sua riqueza consiste em louvar a Deus e servir o outro, o que a gente quase não vê no ocidente...
Desta vez estou vendo a minha terra por outro ângulo, com olhos sem filtros, onde a verdade aparece, e não a pobreza. O que me surpreendeu muito nesta viagem foi ver como os pobres participam do desenvolvimento deste país. Eles falam três ou quatro idiomas além do inglês. A pobreza fez com que eles fizessem amizade com estrangeiros e então aprenderam rapidamente outros idiomas. Aqui não há fanatismo religioso e cada um vive com a sua fé perfeitamente normal.
A civilização da Índia é milenar, se comparado com a do Brasil que tem só 500 anos. Cada um que vier para a Índia vai ter a sua experiência, boa ou ruim. Cada um vai reagir de acordo com a sua espiritualidade. O que é sagrado para os indianos pode parecer um absurdo para os outros.        

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Foz do Iguaçu / Assunção / Buenos Aires

16 de Novembro de 2007

 

Passei 3 dias em Foz do Iguaçu, 4 dias em Assunção e agora estou em Buenos Aires. Estou me alimentando bem. A semana que vem irei para Santiago, depois Mendonza, Uruguai e Montevidéu. Os ônibus são demorados e não há todos os dias. Isso atrasa um pouco.

Em Buenos Aires fez sol e calor o dia inteiro. A Argentina é muito bom e me lembra Itália e Espanha. Os costumes são quase iguais e por isso também lembra cidades da Europa. O tango é muito famoso aqui, e eu vi várias pessoas dançando tango nas ruas. Eles são bem mais organizados e educados do que os brasileiros. O real aqui rende mais, pois por 1 real eu pago 1,60 pesos. A viagem não é cara e tive a oportunidade de ver a América Latina como nunca vi antes.

Apesar dos dias chuvosos, aprendi um pouco de espanhol. Confundi com o português e parece mais um portunhol. O pessoal foi muito amigo e hospitaleiro. Tenho ainda no meu roteiro visitar Santiago, Mendonça, Córdoba, e Tucman (norte da Argentina). Caminhei bastante todos os dias, e agora estou falando melhor o portunhol e as pessoas estão me entendendo bem. Cada viagem de ônibus dura mais de um dia.

Dia 29, às 9,30h, fui de ônibus para Foz do Iguaçu. Depois de 30 horas de viagem cheguei no dia seguinte às 8,30h. De Mendonça para Foz do Iguaçu são muitos quilômetros. A comida era boa e barata e as casas também não eram caras. Fiquei em uma moradia de uma família de Mendonça, que é um “hostel” privado. Entre as cidades de Porto do Iguaçu e Foz do Iguaçu (Brasil) tem 20 quilômetros. Uma viagem de ônibus dura 30 minutos. Estou falando muito espanhol, sou um espanhol agora!

Eslovênia

12 de Julho de 2008

 
Cheguei hoje em Ljubjlana, capital da Eslovênia. Fica perto da Áustria e da Itália. A cidade era muito bonita e tirei muitas fotos. Fiquei dois dias aqui e depois fui para Itália. A comida era muito barata e a cidade era menor que Santo André-SP.

Peguei uma gripe forte e crise de bronquite, fui ao hospital e tive um bom atendimento. Ainda bem que fiz na chegada um seguro saúde para dois meses e isso ajudou muito.

Estava muito calor. Fiquei em um albergue com jovens italianos sujos e com chulé. Reclamei e me deram um quarto limpo só para mim. Nada de cerveja, whisky e bebidas pesadas... tomava apenas vinho, que era muito bom. A internet era de graça e usava quase todos os dias.

Dia 15 fui para Veneza, e depois para Milão. Os jornais só falavam do Ronaldinho Gaúcho que ia jogar no Milan.

Alemanha

24 de Junho de 2006

 
Fiquei em um hotel perto de Hamburg, um lugar barato com TV e todo o conforto por 25 euros ao dia. Cansei de viagens e agora estou em um quarto de hotel vendo os jogos. Estou contando os dias para voltar ao Brasil. Queria mudar a data, mas como  é alta temporada não consegui.

Não estou mais arriscando fazer viagens loucas. Parei de comer salsichas alemãs que me fizeram mal. Agora, sempre que posso, tomo uma sopa quente. Ultimamente tem feito muito calor e é difícil passear com tanto sol. Aprendi que não posso mais viajar sozinho, pois simplesmente a idade não permite.

Convidei a minha amiga Gisela para ir à minha casa no ano que vem, ficar no Brasil por uns três meses, e conhecer um pouco nosso país. Aqui na Alemanha a Copa do Mundo está uma loucura, já que a Alemanha está ganhando até agora.

Os alemães bebem barris de cerveja na rua e em todos os lugares, e parece que a "Octoberfest" deles já começou. Na época da copa tudo é muito caro aqui e a cidade não fica tão agradável: trens, ônibus, tudo cheio!

Índia:I

22 de Janeiro de 2004

 
Visitei os parentes: Lakshmi, Srivalli.Fui também à casa de Bhavani (esposa de meu irmão Jaggu). Ela mora sozinha, ficou contente com minha visita e chorou muito quando me viu. Laksmi adorou o anel que a Neusa mandou, uma flor com um anel de pedras brasileiras.

Semana passada, fui ao Shirdi onde fica o templo de Sai Babá “velho”. Phani ficou comigo durante a estadia de Hyderabad, e se preocupou o tempo todo em me ajudar. Fui para Pune e Agra. Trabalhei 6 anos em Pune. Já passaram 10 dias e estou de saco cheio daqui. Em todo lugar tem muita poeira. Quase fiquei doente com tanta poeira. A viagem foi muito tranquila mas terei que aguentar mais dois meses.

Em 01 de fevereiro voltei para Hyderabad. Estou na casa da Laksmi com ela e as filhas. Cada vez está mais difícil viajar na Índia. A viagem de trem é mais gostosa e faço bastante amigos.

Dia 15 às 7 horas cheguei em Puttaparthi. Encontrei o Guilherme irmão da Tirzah e tem bastante brasileiros de Curitiba aqui. Visitei Anil Kumar, que me abraçou, ficou chorando e depois me convidou para visitar a casa dele todos os dias.